segunda-feira, 7 de novembro de 2011

2011 É O ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA

Em 2008, a 63ª Assembléia Geral da ONU proclamou o ano de 2011 como o “Ano Internacional da Química”. Sob o tema “Chemistry – our life, our future” (Química - nossa vida, nosso futuro), a UNESCO, sob designação da ONU e em colaboração com a IUPAC e seus membros, lançou uma campanha mundial para “celebrar as realizações da química e suas contribuições para o bem estar da humanidade”.
 
O Ano servirá para que o mundo celebre a arte e a ciência da química, assim como suas contribuições essenciais para o conhecimento, a proteção ambiental, a melhoria da saúde e o desenvolvimento econômico. Para tanto, a UNESCO e a IUPAC estão incentivando e promovendo o maior envolvimento possível com o AIQ 2011. O mundo inteiro planejou vários eventos interessantes e inovadores em química para o AIQ.

No Brasil, a cerimônia do lançamento do Ano Internacional da Química (AIQ) ocorreu dia 23 de março, na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Centro do Rio de Janeiro, e contou com grande público e com presenças ilustres de representantes da comunidade científica, empresarial e do governo. Diversos eventos e projetos ocorreram em comemoração ao ano. Quem estiver interessado pode acessar a página http://www.quimica2011.org.br/ para mais informações.
 
Os objetivos gerais do Ano são:
    •    Aumentar a valorização e o entendimento públicos sobre química para atender às necessidades do mundo;
    •    Estimular o interesse dos jovens pela química;
    •    Gerar entusiasmo pelo futuro criativo da química;
    •    Celebrar o papel das mulheres na química, ou os principais eventos históricos na química, inclusive os centenários do Prêmio Nobel de Marie Curie, além da fundação da Associação Internacional de Sociedades Químicas.

DIA NACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

No último sábado, dia 05 de novembro foi comemorado o Dia Nacional da Língua Portuguesa, em homenagem à língua nacional. 

A data comemorativa foi sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, através da Lei nº 11.310, de 12 de junho de 2006, projeto de lei do Senado n. 149/04, de autoria do Senador Papaléo Paes (AP). Para o senador, a homenagem à Rui Barbosa se deu em função do mesmo ter sido "grande defensor do idioma, que o empregou com maestria na abolição da escravatura e na proclamação da República".Para o então presidente, a intenção ao sancionar a lei era a de valorizar e preservar a língua portuguesa como “importante laço de consolidação da unidade nacional".


O dia escolhido foi o dia 05 de novembro, data do aniversário de nascimento de Rui Barbosa, um dos mais ferrenhos defensores da língua portuguesa no Brasil. A lei foi publicada no Diário Oficial da União no dia 13 de junho de 2006.


De acordo com o senador Papaléo Paes, o projeto foi uma idéia do professor Raimundo Pantoja Lobo, do Amapá. Segundo ele, diversos projetos no Congresso visam defender o idioma que é constantemente ameaçado principalmente pela forte influência do inglês. Papaléo Paes disse que a iniciativa acontece em outros países também, tentando contrabalançar a presença do inglês.

A língua portuguesa é falada por cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, em oito países: Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

31 DE OUTUBRO: DIA DAS BRUXAS OU DIA DO SACI?

A maioria das pessoas, quando perguntada o que é comemorado no dia 31 de outubro, responderia prontamente que é o dia das Bruxas. No entanto, essas pessoas nem imaginam que foi instituído em 2005, nesta mesma data, o Dia Nacional do Saci.
 
Tudo começou com o Governo do Estado de São Paulo, que decretou, em 2005, o Dia do Saci, o mesmo dia 31 de outubro , com a intenção de valorizar a cultura brasileira e tentar coibir a americanização - já que, no imaginário do Brasil, o Saci é um símbolo.



O Dia das Bruxas ou Halloween (nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre basicamente em países anglo-saxônicos, mas com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos. A celebração teria se iniciado no século V d.C. (depois de Cristo), na Irlanda Céltica, onde o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico. Dessa forma, o Halloween marcaria o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebraria também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol.

Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Também acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos. Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir.
 
O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e desde então é comemorado por lá. No Brasil, o Halloween começou a ser celebrado há cerca de 20 anos. Foi trazido por escolas de idioma inglês, pelos viajantes e pelas reportagens e filmes veiculados na televisão e da internet.  
 
O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.

Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num  jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.

O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.

Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.

Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.

Saci das histórias de Monteiro Lobato.
A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos. Sua popularidade se deve muito a Monteiro Lobato, que o transformou em personagem do "Sítio do Picapau Amarelo". Pedrinho, em uma de suas aventuras pela floresta do taquaral, pegou o Saci. Desde então, o Saci se diverte pregando sustos na tia Nastácia.

 
Turma do Pererê, criada por Ziraldo em 1958.
 
Ziraldo também se baseou no personagem das lendas para criar o Pererê e sua turma, em 1958. Seus quadrinhos foram publicados na forma de cartoons em 1959, nas páginas da revista brasileira O Cruzeiro. Hoje as histórias do Pererê fazem parte da memória de muitos adultos, tendo marcado uma fase na história deste tipo de publicações no Brasil. As histórias se passavam na Mata do Fundão, que seria, na verdade, o próprio Brasil.




 
O Saci também é o mascote do Sport Club  Internacional, conhecido como Inter.  Para identificar o time como um clube do povo, nas páginas esportivas da antiga Folha Desportiva e do jornal A Hora, surgiu na década de 1950 a figura do Negrinho, um personagem cheio de ironia e malandragem. Com o tempo, o Negrinho acabou virando o Saci, aquele que gosta de armar ciladas contra as pessoas, como uma analogia ao que o Internacional faria nos campos de futebol
Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci (31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuíndo a influência do cultura norte-americana em nosso país. O objetivo é chamar a atenção para o resgate de lendas do nosso folclore para que se torne uma comemoração nacional das tradições brasileiras. A idéia surgiu em São Luiz do Paraitinga, pequena cidade do Vale do Paraíba paulista, depois que um grupo de apaixonados por sacis se reuniu e criou a Sosaci (Sociedade dos Amigos do Saci), transformando-se em um projeto dos vereadores Marcelo Santos Toledo e José Donizete Lopes, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal.

A intenção deste projeto é ensinar as crianças que o País também tem seus mitos, difundindo a tradição oral, a cultura popular e infantil, os mitos e as lendas brasileiras. Em vez de bruxas e gnomos, a manifestação cultural deve valorizar figuras folclóricas que se refiram às tradições brasileiras. Afinal, o saci é da nossa cultura e uma síntese das três raças que estão na origem da nação brasileira - o índio, o negro e o branco."